
30 Jul Eu sou a minha própria mulher: uma peça pela liberdade artística
A peça “Eu sou a minha própria mulher”, do norte-americano Doug Wright, encenada por Carlos Avilez com o seu TEC, voltou à cena no 40 Festival de Teatro de Almada porque tinha recebido o grande prémio do público na edição anterior, em 2022. Nas fotos, aliás, podemos ver a presidente da câmara municipal de Almada, Inês de Medeiros, a atribuir o referido galardão a Carlos Avilez e ao TEC na recita de 11-7-2023. Como bem lembrou Inês de Medeiros na ocasião, este prémio foi também um tributo e valorização da liberdade artística! Recorde-se que o exigente monólogo de cerca de 2 horas, interpretado por Marco D’Almeida, relata a história de resistência às ditaduras nazi e comunista (de base verídica) de um membro do “terceiro sexo” (um travesti), Charlotte von Mahlsdorf, originalmente chamad@ Lothar Berfelde (*). Como já vem sendo hábito… o pessoal do “Transfake”, que procura desperadamente um emprego só por ser trans, independentemente do mérito profissional e contrariando ostensivamente a liberdade artística!, esse pessoal ameaçou fazer arruaça para impedir o espectáculo de voltar à cena em condições normais (como já tinham feito com “Tudo sobre a minha mãe”, no São Luiz)… parece que não conseguiram reunir as assinaturas necessárias para a manifestação de protesto…. Queriam um trans a fazer de travesti… Ainda bem que não vingou o ataque à liberdade artística!
(*) Charlotte resistiu a duas ditaduras ultra conservadoras (do ponto de vista dos costumes) da Alemanha do século XX, os Nazis do Terceiro Reich e os comunistas da RDA, mas também colaborou com a Stasi (a polícia política da RDA)… algo que dá realismo e um tom anti-herói à peça….
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